As mulheres são reconhecidas por cuidar mais da saúde, uma vez que estão sempre atentas aos seus corpos. Na oncologia, a campanha do Outubro Rosa reforça anualmente esse engajamento, o que contribuiu bastante para a redução dos casos fatais de câncer de mama. Por conta disso, a Mastologia ganhou destaque e tornou-se mais conhecida pela sociedade.

Mesmo sendo muito associada ao câncer de mama, a Mastologia não trata apenas as doenças malignas, mas todo e qualquer problema na mama.

Nosso dia a dia é muito marcado pelas doenças benignas, como mastite, mastalgia, descarga papilar e nódulos benignos. Mas a Mastologia é a especialidade indicada para acompanhamento cirúrgico e clínico do câncer, pois somos focados nas doenças da mama como um todo. Explica a mastologista do ICB Gisele Maldonado.

Este profissional deve ser procurado a qualquer sinal de alterações nas mamas, entre elas, dores, inflamações, nódulos palpáveis, retração do mamilo e drenagem de secreção mamilar, fora do período de amamentação. Este é o médico mais capacitado para investigar e tratar as causas dessas alterações.

Durante a consulta, são analisados o histórico da paciente, os hábitos de vida e a exposição a hormônios exógenos, como anticoncepcionais, e endógenos, nos casos de menarca precoce ou menopausa tardia. O médico realiza a avaliação física das mamas e das regiões próximas, e solicita exames complementares, tais como ecografia mamografia, para pacientes com mais de 40 anos, ou ressonância magnética. Dependendo do que for detectado, pode haver necessidade de punção ou biópsia para uma investigação mais detalhada.

Nos casos de câncer de mama, o mastologista realiza toda a investigação diagnóstica, o tratamento cirúrgico e o encaminhamento para quimioterapia ou radioterapia, além do acompanhamento periódico da paciente pós-tratamento.

Diagnóstico precoce
Para descobrir o câncer ainda no início, em estágio não palpável, o ideal é que todas as mulheres, sem fatores de risco, façam a mamografia a partir dos 40 anos.

Aquelas que já tiveram câncer ou possuem casos de câncer de mama na família devem iniciar o acompanhamento mais cedo, a partir dos 25 anos.

E para prevenir a doença, o caminho é praticar exercícios físicos, manter uma alimentação balanceada e controlar o peso corporal. A amamentação, principalmente antes dos 35 anos, também é considerada um fator protetor.

Mitos sobre o câncer de mama
Vários mitos sobre o câncer confundem a população, então o melhor caminho é a informação.

O principal mito é que nódulo ou cisto pode virar câncer, isso não acontece, o câncer já nasce maligno. Outros mitos são: ‘homem não tem câncer de mama’, ‘desodorante ou sutiã apertado causam câncer’, ‘silicone favorece o aparecimento do câncer’. Nada disso é verdade.