A cirurgia de fígado é a especialidade médica responsável pelo tratamento cirúrgico de doenças hepáticas benignas e malignas. Vale lembrar que o fígado é um órgão complexo e que desempenha diversas funções no organismo.
Os casos benignos mais frequentes são a esteatose hepática (presença de gordura no fígado), adenomas e hemangiomas, porém os casos mais frequentes de cirurgias são os tumores malignos.
O câncer de fígado é dividido em dois grupos: primário, que tem sua origem no próprio órgão; e secundário ou metastático, originado em outro órgão e que atinge também o fígado (os casos mais comuns são de câncer colorretal e de mama). Os principais fatores de risco são o consumo crônico de bebida alcoólica, esteatose e, na maioria dos casos, a cirrose.
Atuação do especialista
O especialista atua no acompanhamento clínico e cirúrgico e se apoia em exames de imagem e laboratoriais, que indicam com precisão o estado do paciente. A partir disso, o cirurgião avalia se e quando é necessária uma cirurgia ou ainda a aplicação de terapias alternativas
As opções são: ablação, técnica pela qual o cirurgião injeta álcool absoluto diretamente no câncer ou introduz um cateter e destrói o tumor pelo calor; quimioembolização, uma espécie de quimioterapia diretamente no órgão; e radioterapia interna e regional, em que o produto da radioterapia é levado por microesferas para dentro do fígado.
Quando há dano irreversível das células hepáticas, o cirurgião realiza o transplante. Normalmente, é feito nos casos avançados de cirrose por hepatite B ou C, cirrose alcoólica, hepatite autoimune, doença hepática gordurosa não alcoólica e tumores hepáticos primários.